quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nowadays

Could I not think? Could I stop this flow that defines my existence and my ego, this world that decides my moves and words, defining an objective, a purpose? An unfair though went through my head today: I am walking to despair, in every speech that I make. That which created my ego is crumbling in it's sleep and leaving room for the ignorance to reign, blind and without any signs of future bliss. Even though I'm searching everyday for new patterns and thoughts in stranger head's, I feel myself falling away to the darkness of the common men, also known as my own personal Hell.
As the strings of time pass me and everyone by, I feel more and more as if I should be bigger and better than I am now, a more decent person with a more complex thought and closer to the mistake of perfection. But every night I lay awake in my bed, dreaming of worlds that don't exist, creating situations that require the genius to shorten his lifespan for no greater good. Indeed, frustrating, imagining, never thought it to be a burden, daydreaming and dreaming the day away, whistle failing in surviving with the ego intact at what I do best and moving towards a better existence.
I have nothing better to say than to remind myself how I'm disappointed so early in this new Celtic year...

domingo, 21 de novembro de 2010

Mariposa

Escrito a 06 de Maio de 2009

Não havia amor nos seus olhos, apenas doença. Doença de ser e sofrer, pensar e chorar até que as lágrimas limpassem o último rasto de carne que lhe passasse pela mente. Não parecia passar, o que quer que fosse, doces murmúrios acordados na noite, infelizes pela escuridão dos pensamentos. Talvez não fosse nada, tudo um fingimento subtil para deixar uma marca nas vidas, distorcendo a realidade. E a verdade parecia ser que o seu Universo estivesse perdido, esperando ser salvo da ignorância do amor. Afinal mais uma mentira do dia-a-dia. Nessa luz brilhante e profunda que a assola, parecendo ela pertencer à mentira e não a mentira a ela. Então há que perceber, a sua vida era triste e o fingimento eram os seus sorrisos. Desisti porque não seria eu a salvá-la, afastei-me por ser mais um demónio dela. Numa constante negatividade, abrindo os olhos e cegando, era nada e em nada se reflectia. As palavras pareciam escritas para ela e a ela nada lhe diziam, nada sobressaía porque nada ela sentia.
Nesta tragédia imoral, sendo eu um medo espectador, as sombras dançavam na luz fraca das velas e nelas o romance desvanecia. O último sopro do vento levava as folhas caídas lá fora e cá dentro as velas apagavam-se e os corpos permaneciam inertes, sem vida, sem aquela febril e selvagem tentação, sem o suor do calor após um acto de amor. A noite caiu-nos em cima e nós a ela nos rendemos. Seus servos, de joelhos pedimos que a escuridão levasse os demónios dela mas não poderia lavar-lhe as lágrimas de desespero. O que suspirei por esta causa perdida, quantas noites sozinho a desejei lá, sem ela sendo nada, para ela mais um. Um comum vilão que ousou perturbar a sua intranquilidade de mente, temporário reflexo invertido daquilo que ela queria que fosse, não daquilo que realmente era. Olhos vidrados, tentando encontrar a alma onde só penetra o medo, que terra apara a sua solidão? Ela abandonou o mundo, o seu coração era um castelo com muralhas de aço, vazio, deixado ao lento e doloroso colapso.
Parecia tudo um sonho, sendo tudo material, os beijos, o álcool, as palavras. As escritas oferecidas, os sentimentos, a alma entregue ao mar por domar, enquanto o seu barco desaparecia nas brumas, afastando o que eu tanto desejava e que nunca pude ter. Ainda assim parti com um sorriso na cara, por uma noite dominei a escuridão, por uma noite matei a solidão, senti e quis acreditar que também fiz sentir. Não abandonei este sonho, quero que estas sejam as memórias das minhas décadas, Ainda que ela tenha partido, aceito que ela me tenha deixado, continuo na cama da ilusão, bebendo o vinho e relembrando o seu escasso sorriso, a melodia da sua voz, a beleza dos seus olhos e a impotência de a fazer feliz. E aqui me apercebo, não seria eu a salvá-la mas sim ela a mim. A quem eu sempre acreditei e que ainda não morreu dentro de mim.

Amargo temporal

Tudo o que desejava era um pouco de silêncio. Um momento para repousar, para deixar a mente descansar. Pela sanidade de simplesmente ser, de querer transmitir palavras pelos olhos, por tudo o que sonhei, conquista inacabada que acabei por desapontar toda a gente. E tentar merecer um momento de reflexão, nesta ingenuidade que não é só minha mas que dela todo sou, nu, cru e congelado. Congelado no calor do medo, no vento da ignorância e no mar da esperança que em tudo é vã e nos mortais um mito.
Então procuro o silêncio nos gestos das pessoas e no céu azul que se abre sobre nós. Então somos vergonha de nos mostrar-mos e fugimos dos olhares, deixamos os cabelos cair sobre os olhos e a sombra abraçar-nos. E tudo somos na noite eterna do ano primordial da nossa loucura, doce refúgio da nossa doença, a indecisão dos afectos partilhados por tantos clones da mesma fábrica. Tudo pela evolução da destruição, a distribuição radioactiva do sono. Embrulho-me nos lençóis com esse mesmo sono e com os pensamentos a desvanecer. Ainda assim procuro o silêncio, o infindável vazio em que me afogo, na desolação e falta de consolo.
Encontro nos braços da angústia a exorbitância da melodia que tanto anseio vendo o solo corrompido pelo betão do homem e o céu a chorar pela perda da pureza. O nosso mundo dividido do deles por muros, as nossas ideias diferentes e corrompidas, as suas ideologias perdidas e o nosso Sol escondido atrás das nuvens. O cinzento reflectido na artificialidade das nossas intenções. Falo por nós, falo por mim, pela minha demanda e pela ninfa que ainda espero conhecer.
O silêncio é relativo aqui. A mente não descansa, ainda no escuro imagina o que não pode ter, nunca censurando, sempre murmurando os gritos em mim contidos. São ruídos, os meus pensamentos, estão apagados quaisquer sentimentos alguma vez pensados em criar. Sou tolo por não querer abandonar este lugar. Sair pela porta, correr, fugir, ser uma vez aquilo que me impedi de ser. Minto-me, refugio-me no sabor dos seios de uma paixão da vida anterior. Mas ela não existe aqui, não existe para mim. E se alguma vez existir, que a mate ao primeiro golpe para a ver chorar e eu me ajoelhar no seu leito de morte e chorar eu próprio, o martírio da minha própria paixão. Ajoelho-me e caio na prisão de pedra do meu coração, este castelo pintado de vermelho para não ser mais deserto que os espíritos que já o habitam. Eles sussurram, inventam uma nova noite na mesma escuridão de sempre. Exteriorizam o que não sou capaz de exprimir, eles sendo falsos, eu, não me entregando completamente ao facto de que sou um fardo à minha própria consciência, numa trágica epopeia, uma procura pelo silêncio que minha tranquilidade não parece inventar.

Alma escrita

E com alma escrevo, sem importância ou relevo, para ti e para os teus pensamentos que ora julgo ocupar ora me vejo a abandonar. Mas dou ênfase ao que não vejo, mal sinto, invento que apenas penso e descubro que não penso de forma alguma, simplesmente respondo. E que os trovões me iluminem o caminho e que a chuva me aqueça mais o coração solitário que espera arder e de fogo não tem nada senão engano. Que o batimento seja o seio da alma e o som dos trovões o pai de todas as lágrimas que largo das nuvens a teus pés. Venha então o nascer do Sol, o prelúdio do novo dia para vir, em que palavras de nada nos servirão que não ditas olhos nos olhos, coração para coração. E desvaneça ali, caia-me o corpo e voe-me a alma se lágrimas ou sorriso provocar em ti, se nem um abraço sufocante e sentido venha de ti. Ah, dona do meu ser e da minha domada revolta, porque não aceitas em ti o pouco que te tenho a oferecer, o meu esforço e a minha desolação? É por minha imutável adoração, a minha cega ambição e a minha recusa de desistir? Ou é por igual egoísmo de tua parte de mudar e aprender que há prazer na dor?

Escrito nos inícios de Janeiro...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

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